Cada vez mais popular entre os viajantes, o Turismo de bem-estar vem registrando um crescimento considerável. Entre 2015 e 2018, o lucro deste segmento teve um aumento de US$ 563 para US$ 639 bilhões, demonstrando que o objetivo de encontrar o bem-estar físico e emocional faz parte de muitos roteiros de viagens.
Em artigo, o diretor de Hospitalidade da TOTVS, Cláudio Cordeiro, analisa a retomada do setor e a possibilidade deste mercado ganhar ainda mais força no pós-pandemia. Confira ALGUNS TRECHOS:
A razão pela expectativa de crescimento é a tendência do aumento do número de viajantes com o objetivo de encontrar o bem-estar não apenas físico, mas também emocional, depois de um período desafiador como a pandemia. Ou seja, roteiros que conseguem unir o contato com a natureza a cuidados especiais passam a ganhar força neste novo momento. Em um contexto pós-pandêmico, em que foi preciso se isolar dentro de casa, pensar em viagens que priorizem e promovam a saúde e bem-estar pode ser a peça-chave para alavancar o setor – e no Brasil essa tendência pode ser ainda mais promissora!
O país possui uma variedade impressionante e indiscutível de destinos ideais para a promoção do bem-estar. Desde o século XIX até meados do século passado, era comum que cidadãos que viviam nas cidades grandes procurassem refúgio em regiões mais calmas ou próximas da natureza. Assim, criaram-se “rotas do bem-estar” que vão de norte a sul do país, como os circuitos das águas de São Paulo e Minas Gerais, as regiões de serra, as chapadas e as praias paradisíacas do nosso litoral.
Hoje, hotéis e pousadas destas e de outras regiões do país têm investido cada vez mais na experiência do hóspede, com atrativos que vão muito além de boas acomodações. Estabelecimentos que oferecem serviços como spas, massagens, aulas e diferentes tipos de terapias para seus hóspedes, além de alimentação saudável, ar puro, exercícios ao ar livre e práticas mentais certamente saem na frente neste momento de retomada.
E, assim como em todas as áreas da gestão hoteleira, investir em planejamento e mão de obra capacitada é a chave do sucesso dessa estratégia. Para além de oferecer os serviços, hotéis e pousadas que querem proporcionar experiências exclusivas para seus hóspedes precisam dar atenção à logística para que tudo saia conforme o planejado. Manejar o quadro de profissionais disponíveis, controlar a compra de insumos necessários, cuidar do seu fluxo de caixa e agenda é apenas o começo dos pontos que merecem atenção, e a tecnologia é a ferramenta fundamental para apoiar esse cenário.
Além de um sistema de gestão específico para o setor hoteleiro, é preciso sair da superfície e explorar de fato tudo que a tecnologia tem a oferecer para o negócio. Mais do que automatizar processos e centralizar informações, é hora de priorizar a experiência do hóspede e entender como as ferramentas tecnológicas podem apoiar o atendimento ao consumidor da Era Digital, que quer resolver tudo em poucos cliques e sem a necessidade de um intermediário. Por isso, mobilidade, agilidade e praticidade são palavras de ordem para atender um hóspede que quer fugir de dores de cabeça e, pelo contrário, quer planejar uma viagem para relaxar.
É importante lembrar que a tecnologia não funciona sozinha. Ela precisa de pessoas para cumprir seu propósito de analisar os dados de maneira inteligente, atribuindo ideias, insights e valor para boas tomadas de decisão. Com a experiência do cliente no centro do negócio, o hoteleiro poderá se reinventar e focar seus esforços em promover experiências inesquecíveis para os viajantes que buscam dias de descanso, saúde e bem-estar.”
Concluiu Cláudio Cordeiro, diretor de Hospitalidade da TOTVS
FONTE: PANROTAS