A proposta de inclusão do Geoparque Seridó no Programa Internacional de Geociências e Geoparques da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) foi acatada pelo Conselho Mundial de Geoparques após ser analisada em reuniões realizadas no período de 8 a 11 deste mês.
“É uma conquista extraordinária. Adquirir esse status vai contribuir fortemente para a preservação do meio ambiente, defesa da educação e da nossa história. Vai trazer uma coisa muito importante que é o incentivo ao turismo, uma atividade que gera empregos para nosso povo”, disse a governadora Fátima Bezerra.
“Nos últimos anos fizemos um trabalho árduo em parceria com o Governo do Estado e outras instituições. Agora recebemos a chancela da Unesco para sermos reconhecidos oficialmente como geoparque mundial pela Unesco. O reconhecimento internacional é importante porque vai favorecer as comunidades locais no desenvolvimento do turismo, da educação e da conservação”, informou o o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Marcos Leite do Nascimento, coordenador científico do Consórcio Geoparque Seridó.
Marcos Leite explica que o reconhecimento internacional não limita as atividades econômicas na área. “É um território aberto, no qual as atividades econômicas poderão ser desenvolvidas, inclusive a geração de energias renováveis e mineração, desde que seguindo as normas de sustentabilidade”.
A área do geoparque Seridó abrange área de 2.800 quilômetros quadrados e seis municípios com recursos naturais e construções humanas importantes: Cerro Corá – nascente do Rio Potengi, Carnaúba dos Dantas – Monte do Galo, Acari e Parelhas – açudes Gargalheiras e Boqueirão respectivamente, Currais Novos – Cânion dos Apertados e Mina Brejuí, e Lagoa Nova – Tanque dos Poscianos.
O conceito de Geoparque surgiu na década de 1990 como resposta à necessidade de melhorar áreas com importância geológica e promover a conservação. As paisagens e as formações geológicas retratam a evolução do planeta e são determinantes para o desenvolvimento sustentável.
A estratégia de desenvolvimento sustentável deve estar aliada a gestão de qualidade baseadas na geoconservação, educação e geoturismo. A geoconservação objetiva proteger o patrimônio geológico para as futuras gerações; a educação promove o estudo das geociências junto às escolas, universidade e centro de visitação, contemplando o público em geral; o geoturismo busca estimular a criação de atividades econômicas tendo como base a geodiversidade e o patrimônio geológico do território, em cooperação com a comunidade local.
Foto: Giovane Rocha – FONTE: SETUR