Ruas vazias, cidades com medo e pessoas isoladas em casa para combater um inimigo invisível. Esses são alguns efeitos colaterais da pandemia do novo coronavírus. O que fazer nesse caso? “Fugir para as colinas”? Ou, quem sabe, para um hotel? Opção um tanto quanto improvável, já que a maioria dos hotéis, hotéis-fazenda, resorts e pousadas está fechada ou enfrenta uma grande crise por conta da Covid-19.
“Veio o tsunami e estávamos na praia”, compara o presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Orlando de Souza, a respeito do impacto econômico causado pela pandemia. Ele também alerta: o setor hoteleiro será um dos últimos a “sair do tsunami”.
De fato, a pandemia atingiu em cheio o setor, que, segundo a Asociação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH), oferece mais de 1,3 milhão de empregos diretos e 675 mil indiretos, gerando cerca R$ 31,8 bilhões para economia nacional. Afinal, a forma mais eficaz de se combater o coronavírus, segundo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), é o isolamento social, exatamente o oposto do que se encontra em hotéis, pousadas, resorts etc, onde a meta é confraternizar.
Por Nathalia Kuhl | Metrópoles